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brincadeiras educativas

brincar fora das telas

Brincar desconectado dos eletrônicos e telas têm se tornado um desafio cada vez maior. A pandemia nos impôs o distanciamento social e o isolamento dentro de casa.

Adultos ocupados com o trabalho e com os afazeres da casa, crianças fora da escola, e enquanto isso todos vivenciando uma nova rotina em meio a preocupações e desequilíbrio.

A tecnologia e as telas fazem parte da nossa vida, e nos ajudam em diversas tarefas. Porém, para as crianças elas podem trazer mais danos do que benefícios.

Por isso, é preciso ter equilíbrio e parcimônia.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda um tempo limitado de uso que varia de acordo com a faixa etária das crianças.

  • Até 2 anos – 0
  • Entre 2 e 5 anos – 1h
  • Entre 6 e 10 anos – 2h
  • Entre 11 e 17 anos – 3h

O excesso de telas pode causar alguns sintomas como: irritabilidade, ansiedade e tristeza; dificuldade de atenção; distúrbios alimentares, entre muitos outros.

Estudos recentes de casos clínicos estão comprovando que crianças que são expostas excessivamente em frente as telas (TVs, computadores, tablets e videogames), acabam apresentando sintomas próprios do espectro autista.

A criança em suas diversas fases depende de diversos estímulos para se desenvolver; visual, sonoro, tátil, motor e social.

A hiperexposição as telas inibe e atrasa esse desenvolvimento.

É importante ressaltar que a interação virtual não deve substituir momentos de afeto, diálogo e convivência social dentro de seus lares.

“Ah! Mas sem as telas meu filho fica entediado” A brincadeira é a solução para o tédio, porém as telas tomam essa oportunidade do vazio. Inibindo assim, o despertar para a criatividade ativa que é o brincar.

Equilibrar as demandas é a palavra chave.

Sabemos que essa tarefa não é fácil! Somos pais de 3 e temos uma educadora vivenciando isso também na outra ponta. Mas, equilibrar as demandas do trabalho, casa e crianças; construir uma rotina e a consistência irá tornar a vida um pouquinho mais fácil.

Algumas dicas para esse equilíbrio:

  1. Tenha um diálogo franco com seu filho/a
  2. Crie um quadro de rotinas, para a criança e para os adultos da casa também. Para a criança esse quadro deve ser bem visual, inclua as tarefas da escola e tarefas da casa que a criança consiga realizar com autonomia (arrumar a cama, recolher o lixo do banheiro) perceba o que é apropriado para cada faixa etária.
  3. Inclua pequenas pausas 10/15 minutos por dia. Pausa para as crianças e para os adultos. Aproveite esse momento para um lanche, organizar materiais para a próxima brincadeira, façam um exercício de alongamento, curtam um longo abraço ouvindo uma música.
  4. Planejem brincadeiras, criem juntos um repertório de brincadeiras. Para os maiores a lista pode ser escrita, para os menores utilizem recursos visuais. Vale a pena até criar uma caixa com esse repertório para que a criança utilize esse recurso para ter ideias do que fazer.
  5. Vale inserir atividades que a criança consiga fazer com independência. (Brincar de massinha, desenhar com diversos materiais, recortar e colar, blocos de encaixe, pular corda, ler livros e gibis, bolinha de sabão..etc) Construam um repertório de brincadeiras para brincar juntos, dominó, jogos de tabuleiro, teatrinho..etc
  6. Rodízio de brinquedos, nem tudo precisa estar disponível o tempo todo.
  7. Estimule a parceria entre os irmãos. Incentive o brincar junto e não a competição. Neste momento não é importante quem termina mais rápido ou quem é o mais forte, e sim a cia prazerosa, cada uma das crianças apresenta habilidades e aptidões diferentes, valorize isso de forma positiva.
  8. Programe um horário para as telas e estabeleça quais tipos de conteúdos a criança poderá acessar. Nem tudo o que se diz “child friendly” é de fato apropriado.
  9. Faça da sua casa um espaço brincante! Se ainda não é seguro e possível brincar livremente por aí, proporcione um ambiente seguro dentro de sua casa. Afaste a mobília, guarde os objetos delicados e permita o se sujar, correr, pular, dançar…
  10. Inclua momentos para a leitura e para a música na rotina da casa. Pode ser um CD especial de um dos adultos no momento de cozinhar por exemplo. Convide a criança para apreciar com você, compartilhe a razão desse álbum/música ser especial. Logo após o almoço, leiam um para o outro. E aí o tema da leitura é livre. Pode ser algo que acharam especial, engraçado ou interessante. Vale também fazer a lição da escola ao invés de correr pro sofá e tv. Geralmente no final do dia todos estão mais cansados e consequentemente mais indispostos e impacientes para as tarefas escolares.

Lembre-se, dicas não são regras! Sejam pacientes e amorosos.